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O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas divulgou no primeiro dia do mês que os números são os maiores desde 1999.
Segundo o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, um total de dez mil cento e quarenta e uma pessoas foram infectadas pela sífilis nesse ano de 2022 no Japão.
Os números do Instituto apontam que nos últimos vinte e três anos nunca esse número havia ultrapassado a casa dos dez mil.
Para os especialistas em doenças desse tipo, a alta do número de infecções pode ter relação com o fato de as pessoas estarem tendo relações sexuais com pessoas que conhecem através de sites e aplicativos de relacionamentos.
Existe ainda uma corrente de especialistas que considera que o espalhamento da doença possa ter se dado através de pessoas de outros países que visitaram o arquipélago, mas como esse aumento aconteceu ainda quando as medidas restritivas e de distanciamento social ainda estavam fortemente em vigor é mais possível que a rede infecciosa seja interna no Japão.
Os índices de pessoas com sífilis no Japão vêm aumentando na última década, ainda que em alguns anos tenha havido uma queda. Em 2015 e 2016 foram registradas aproximadamente mil pessoas com a doença. Em 2021, porém, esse número quase atingiu oito mil.
Se os números forem analisados por província é possível concluir que em regiões metropolitanas, como Osaka e a capital japonesa, por exemplo, os casos aparecem em maior número.
A bactéria que causa a sífilis é a Treponema pallidum.Também é possível nascer com a infecção em casos que a mãe transmite a doença a seu filho durante a gravidez.
A professora de urologia da Universidade de Kobe, Katsumi Shigemura, alerta a população sobre os sintomas da sífilis e recomenda que se procure um especialista a qualquer sinal de vermelhidão na área genital e na boca.
A sífilis é uma IST, ou seja, uma Infecção Sexualmente Transmissível que tem cursa e só acontece em seres humanos
Como dito, a infecção é causada pela bactéria Treponema pallidum e se manifesta clinicamente, podendo ter vários estágios: primária, secundária, latente e terciária.
Nos dois primeiros estágios de infecção, primário e secundário, a chance de transmitir para outras pessoas é maior. A transmissão acontece na relação sexual sem o uso de preservativo como a camisinha com uma infectada e também durante a gestação ou no parto.
Em decorrência desse risco para a saúde do bebê durante a gestação evidencia a importância de um acompanhamento por parte das gestantes e suas parcerias sexuais durante o período de pré-natal para tentar prevenir a sífilis congênita.
Os casos mais agravados da doença, como na sífilis terciária, o não tratamento apropriado pode levar a complicações com o aparecimento de lesões na pele, nos ossos, além de outras lesões cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Por se tratar de uma Infecção Sexualmente Transmissível, a melhor forma para prevenir a sífilis é o uso correto de camisinha durante o ato sexual, além de testagem frequente.