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Premiê japonês vê urgência nesse enfrentamento e tenta encorajar a população a ter filho mesmo o Japão sendo um dos lugares mais caros para criar um filho
Fumio Kishida, primeiro ministro do Japão se comprometeu a agir rápido diante do problema da natalidade no país que é uma das sociedades mais tradicionais do mundo.
Uma forma que o país encontrou em anos anteriores foi oferecer dinheiro e benefícios para quem tivesse um filho, e isso porque o Japão é um dos lugares no mundo em que se criar uma criança demanda maior investimento financeiro.
No ano passado foi registrada uma nova baixa na taxa de natalidade do país, ficando em menos de oitocentos mil o número de crianças que nasceram no país. Esse momento era previsto que acontecesse pelas autoridades do Japão, que já estudam esse fenômeno há algum tempo, mas a previsão era de que isso acontecesse daqui oito anos.
Esse fator traz um outro complicador populacional. No Japão, a média de idade é de quarenta e nove anos, a segunda mais alta do mundo. Esse é um problema, segundo o premiê Fumio Kishida, porque em breve essas pessoas perderão o que ele chama de “funções sociais”.
A promessa do primeiro ministro é duplicar o valor investido em políticas sobre criança e a criação de uma entidade que deverá ser a responsável por monitorar a situação.
De acordo com a YuWa Population Research, o Japão só perde para China e Coreia do Sul quando o assunto é o quanto se gasta de dinheiro para criar uma criança, oferecendo um risco para a economia mundial.
O Japão, no entanto, não é o único país que enfrenta diminuição de sua população. No ano passado a China registrou uma queda consecutiva em seus índices.
Pouco mais de trinta por cento da população japonesa tem mais de sessenta anos, o que faz do Japão o país com a terceira população mais velha do planeta. Além disso, a diminuição constante de pessoas nascidas no país pode levar o país a ver sua população total um quinto menor do que a de hoje até 2050.
Mesmo com esses indicadores, o país continua sendo hostil com quem imigrar para lá. A população que mora no país e não nasceu ali não chega a cinco por cento contra 15% no Reino Unido. A Europa e outros locais do mundo associam esse fato com a ideia de que o Japão ainda acredita muito numa raça pura e em uma sociedade harmônica.
Ou seja, mesmo com tudo isso, alguma providência ainda parece longe de ser tomada, muito por causa de como é a hierarquia japonesa, onde os antigos ainda ocupam cargos de poder.
Há quem diga que é como o Japão funciona desde que samurais invadiram o país em 1868 e se instalaram no distrito do governo, que fica no centro da capital Tóquio e ainda estão ocupando os ministérios em Kasumigaseki.