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Segundo o Ministério de Defesa do Japão, exercício bilateral entre as duas potências teve início há dez dias. Um destroier japonês também faz parte do exercício
Em resposta aos insistentes disparos de mísseis da Coreia do Norte, Ministério da Defesa do Japão afirma que estão sendo realizados exercícios militares nas redondezas do arquipélago utilizando o Ronald Reagan, porta-avião dos EUA.
Ainda segundo o Ministério, não há data prevista para o fim das atividades.
O cenário na região ficou ainda mais intenso depois que mísseis norte-coreanos foram lançados em série.
De acordo com o Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul (NSC) houve uma reunião após o sexto lançamento em doze dias. Nela, o NSC avisou sobre o risco de uma resposta à altura.
O parecer da mídia estatal norte-coreana
Após recorrentes testes, a Agência Central de Notícias da Coreia, KCNA, mídia norte-coreana, alega que as simulações visavam apenas demonstrar quão pronta a Coreia do Norte está para lançar ogivas nucleares táticas contra alvos em potencial na Coreia do Sul.
Foram realizados sete testes com mísseis balísticos desde 25 de setembro, o que fez com que o clima na região ficasse tenso como não se via desde 2017.
O líder Kim Jong Un, acompanhou os exercícios e comentou que foi coincidência ter sido próximo a exercícios entre os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, mostrando que Pyongyang está pronta para responder às tensões da região, mesmo aquelas que envolvam suas “grandes forças armadas”.
Ainda segundo a KCNA, os exercícios, além de terem por finalidade alertar os inimigos sobre o poderio militar, visava também checar e aprimorar as habilidades de combate dos Estados Unidos. Além disso, garantiu que a Coreia do Norte não precisa dessa relação.
Segundo a mesma reportagem, Kim garantiu que Pyongyang vai acompanhar de perto os movimentos militares e reagirá a cada medida militar que julgar necessária.
Os exercícios militares durante a onda de ataques da Coreia do Norte
O Japão, a Coreia do Sul e os Estados Unidos responderam com ataques bilaterais e trilaterais envolvendo as três nações e o porta-aviões da Marinha estadunidense, de acordo com informações da Força-Tarefa 70 da Marinha dos Estados Unidos.
Segundo Michael Donnelly, membro da Força-Tarefa 70/Carrier Strike Group 5, o compromisso é com a segurança da região e proteção dos aliados, evidenciando também a capacidade de se adaptar e a flexibilidade para deslocar o grupo para onde for preciso.
A Coreia do Sul se manifestou através do Conselho de Segurança Nacional no domingo e condenou as atitudes, afirmando que a defesa será reforçada, assim como a dissuasão através de exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos e uma parceria trilateral com o Japão.
O Estado-Maior Conjunto do Japão afirmou que o cenário de segurança nas proximidades do Japão está se transformando num ambiente cada mais complexo e que os exercícios com a Marinha dos Estados Unidos estão aumentando a força e a capacidade de a parceria responder a ameaças dos inimigos.