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24 pessoas perderam a vida em decorrência do incêndio que tomou conta de uma clínica psiquiátrica na cidade de Osaka
A imprensa local afirma que a polícia averigua a possibilidade de o incêndio ter sido intencional e criminoso.
Kyodo News divulgou como confirmada a morte de 24 pessoas até o momento. Outro meio de comunicação, Reuters, informou que um oficial do corpo de bombeiros aponta para 27 o número de pessoas que tiveram parada cardiorrespiratória e ainda uma outra pessoa que teria ficado ferida.
A imprensa afirma que a causa morte foi em decorrência da inalação de monóxido de carbono e do fato de terem ficado presas com as saídas do prédio bloqueadas.
A investigação policial acerca das suspeitas de um incêndio criminoso passa também por relatos de que um homem teria começado o incêndio dentro do próprio prédio. Esse homem, um idoso, de acordo com pessoas que estão colaborando com a investigação, teria entrado com um saco de onde vazava um líquido inflamável que teria dado início ao fogo. Um dos jornais, Mainichi, afirma, inclusive, que esse homem seria paciente da clínica.
O incêndio teria começado assim que a clínica começou seu funcionamento naquele dia, por volta das dez da noite aqui no Brasil, e teria sido contido em meia hora. Um vídeo da emissora NHK registrou o momento em que as janelas do quarto andar eram tomadas pela saída de fumaça.
O prédio de oito andares onde a clínica está localizada fica num bairro comercial perto da estação de ferrovias JR Kitashinchi da cidade e nele também operam roupas, escolas de idiomas e até salão de beleza.
O homem tido pelos polícias como responsável pelo incêndio que deixou mortos na clínica de saúde mental segue internado em estado crítico. Ele é um ex paciente de 61 anos, de acordo com informantes de dentro da polícia.
A polícia estuda se existe relação entre esse incêndio e um que teria ocorrido um pouco antes na casa desse suspeito.
A televisão japonesa registrou a chegada de dezenas de caminhões dos bombeiros com oficiais operando dentro e fora do prédio. Ao todo estimam que tenham chegado cerca de setenta caminhões para conter o incêndio.
Fumio Kishida, primeiro ministro do Japão, lamentou as vítimas fatais e prometeu tomar medidas para evitar que fatalidades como essas voltem a acontecer.
Esse tipo de incêndio no Japão é raro porque geralmente os alvarás de construção possuem regulamentos rígidos. Mesmo assim, no ano passado outro homem foi acusado de ter sido responsável por atear fogo num estúdio de animação em 2019. Esse acidente deixou mais de 30 vítimas e se tornou o crime mais mortal do Japão em vários anos.