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Desde 2015 o iene não marcava um nível tão baixo ante o dólar. O BoJ (como se escreve a sigla do banco do Japão em inglês) interveio a partir de leilões para evitar aumentos e causaram essa marca. Foram duas ofertas para adquirir um número ilimitado de volume de JGBs, mas demanda só foi alcançada na segunda tentativa, quando o BC do Japão comprou por aproximadamente 5 bilhões de dólares em JGBs.
O que também ajuda a desvalorizar o iene é o embate político entre Estados Unidos e Japão e o déficit japonês, que tem relação com a alta do petróleo. A análise é de Akira Moroga, que trabalha como um dos estrategistas-chefe do Aozora Bank.
No início da manhã o dólar saltava quase dois ienes com relação ao nível do final da tarde do dia anterior, tendo chegado a um aumento de três ienes, que foi o maior desde o segundo semestre de 2015.
A guerra constante do banco central do Japão que pressionou o iene para baixo ainda evidencia um certo esforço em conservar a política monetária extremamente flexível. A atitude do BC é coerente também com a declaração que já havia acontecido de que uma oferta seria feita.
O economista chefe de outro banco, o Deutsche Banc, KentaroJoyama, declarou que o BC pode seguir com sua falta de limite nas operações, mas alerta para o risco de essa postura ser gatilho para acertar a curva de rendimentos.
Mesmo em crise, a moeda estadunidense bateu R$4,79 em seu valor de venda. O dólar é a moeda de referência mundial para as operações e sua importância tem a ver com o fato de os Estados Unidos serem fortes economicamente e serem “bons devedores”, além de o dólar ser uma moeda estável.
Uma lista feita pela Economatica comparou mais de vinte moedas mundiais em suas valorizações com relação ao dólar, o Brasil ficou em décimo segundo lugar. Isso não quer dizer, porém, que essas moedas não tenham seu valor e que o poder de compra delas não possa se equivaler.
O dólar está num momento de certa volatilidade e hoje em dia o real vale 0,21 dólar. Nesse ano o Brasil é o país que mais viu seu valor monetário cair com relação ao dólar, tendo perdas acumuladas de 6,63% em relação à nossa moeda.
O ano de 2022 para o Brasil já começou com uma taxa de inflação elevadíssima e com um rendimento individual passando por constantes e consideráveis quedas, cenário que, para muitos especialistas, se deve ao mercado de ações e aos vários juros que são pagos. Atualmente vem sendo feito um movimento no qual alguns investidores de outros países tiram dinheiro de ações ligadas à tecnologia – que sofrem os impactos da alta dos juros – e investindo em commodities, que é um setor no qual o Brasil tem destaque internacional.