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O termo refere-se a brincadeiras nada higiênicas realizadas em um restaurante da comida típica japonesa
Diversos vídeos de brincadeiras nojentas que aconteceram em um restaurante de sushi foram gravados e divulgados nas redes sociais. O conteúdo viralizou e revoltou japoneses.
As respostas ao que ficou conhecido como “terrorismo do sushi” envolvem desde ações judiciais e vistorias em diversos restaurantes do ramo, até um impacto negativo na Bolsa de Valores.
Os vídeos foram veiculados tanto no Facebook quanto no TikTok e as gravações mais polêmicas aconteceram recentemente, mas as “brincadeiras” já vêm acontecendo há algum tempo e outros vídeos mais antigos foram encontrados nas plataformas.
Um dos vídeos flagra um adolescente lambendo uma garrafa de molho de soja e depois a borda de um copo, que ele mesmo devolve à esteira giratória do restaurante. Esse mesmo jovem também é registrado lambendo os dedos e encostando-os na comida, que ele também devolve à esteira.
Ambos aconteceram numa rede de restaurantes chamada Sushiro, na cidade de Gifu. A empresa registrou uma queda de cinco por cento em suas ações.
Outro filma clientes colocando wasabi, um tempero em pasta típico da tradição culinária japonesa, em alguns pedaços de comida que ficam girando e até mesmo lambendo as colheres de uma cuia de chá.
A revolta no Japão foi imediata, uma vez que o país é conhecido por ser exemplo de higiene.
Usuários do Twitter chegaram a comentar que não voltariam a restaurantes que utilizam dessa dinâmica de esteiras giratórias de sushi. Outro comentário sobre os vídeos classificam o comportamento do jovem como “imperdoável”.
A educação culinária japonesa é tanta que gestos como repousar o hashi sobre a tigela, misturar acompanhamentos e arroz já seriam atitudes consideradas fora desses padrões de higiene.
Isso explica a dimensão da revolta que causou o “terrorismo do sushi”.
Um único vídeo registrou mais de quarenta visualizações na rede social Twitter, e ele não é o único que está circulando as redes sociais nos últimos dias.
A repercussão e as atitudes extrapolaram a rede de restaurantes onde o “crime culinário” foi cometido, se estendendo a outras empresas que seguem esse mesmo estilo de esteiras, conhecidos como kaitenzushi.
Outras redes do setor, como Hama Sushi e Kura Shushi, prometeram também se posicionar diante do acontecimento acionando a justiça, e anda se comprometeram a instalar câmeras direcionadas às esteiras de suas lojas com fins de fiscalizar a clientela.
Na mesma rede, o Twitter, um frequentador regular desse tipo de restaurante chegou a postar que gostaria que o restaurante fosse interditado e enfatizou que ainda estamos convivendo com a pandemia de covid-19, e que atitudes como essas, além de nojentas, podem levar à transmissão e ao consequente aumento de casos da doença.
Até famosos como o cantor Yuya Tegoshi se pronunciou lamentando nunca ter conseguido visitar a rede, por estar sempre lotada, e se sensibilizando com seus funcionários, que certamente sofrerão o impacto dessas ações.