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Nos primeiros três meses do ano fiscal do Japão a economia voltou a alcançar níveis pré-pandêmicos. O período de base vai de abril a junho desse ano e o crescimento comparado foi de 0,5% com relação aos três meses anteriores.
Se a inflação for levada em conta, uma das maiores economias do mundo cresceu além do registrado no último período de três meses de 2019, que marca o último trimestre antes do início da pandemia de covid-19. Níveis como esses não eram registrados desde então.
Calculando sobre uma base anualizada, a porcentagem de expansão atinge 2,2%. Os dados foram calculados pelo ESRI, Instituto de Pesquisas Economicas e Sociais, no último domingo no Brasil, segunda-feira em Tóquio e estão disponíveis para acesso.
O aumento do consumo passou de 1% comparado com o trimestre anterior ao período considerado agora. Muito dessa alta se deve ao afrouxamento das restrições que foram impostas para conter a pandemia, isso porque o fim do controle permitiu que restaurantes e lojas voltassem a ser frequentadas. Espera-se que o consumo particular siga avançando e fomentando a economia japonesa também para os próximos três meses. O consumo doméstico também aumentou: 1,2% no trimestre. Outra alta foi nas exportações, 0,9% em relação ao período anterior ao compreendido entre abril e junho.
Mais sobre o assunto:
A economia japonesa emplacou um ritmo lento de recuperação no segundo trimestre, isso por conta das perdas causadas pela pandemia de covid-19, de acordo com os dados divulgados no último dia quinze. Esse ritmo gera dúvida sobre o futuro do crescimento do consumo japonês e se ele será suficiente para alavancar uma recuperação de fato na economia do arquipélago.
Assim como em outros lugares do mundo, a economia japonesa também encontra entraves para se recuperar por conta da guerra da Russia contra a Ucrânia e a alta nos preços das commodities e isso mesmo com a alta do consumo tendo se mantido estável e em crescimento entre abril e junho.
Atsushi Takeda, economista e chefe do Instituto de Pesquisa Econômica Itochu, comentou que tanto os gastos quanto o consumo devem continuar impulsionando o crescimento no entre os meses de julho e setembro, mas que o ímpeto deve ser menor nesse período porque a alta da inflação segura os gastos das famílias. O economista ainda continuo sua projeção considerando que a demanda doméstica deve continuar numa crescente, mas a recuperação japonesa pode ser impactada com a freada nas exportações.
Realmente questões como a desaceleração global, o alto preço das matérias primas, a volta de algumas infecções por covid-19 e as restrições de abastecimento devem causar um impacto muito grande na economia japonesa e elevar o custo de vida dos japoneses.
Embora a terceira maior economia do mundo tenha atingido resultados bastante positivos (2,2% com relação ao ano passado), ainda não atingiu os 2,5% que eram esperados.